CAPULHOS DE MAIO NO VALE DO PARANAPANEMA

CAPULHOS DE MAIO NO VALE DO PARANAPANEMA

CAPULHOS DE MAIO NO VALE DO PARANAPANEMA

  • R$32,00

Eutimo, meu pai, veio de Sergipe logo após a grande seca de 1932. Convidado por meu tio-avô, mudou-se para a Fazenda Santo Antônio em Rancharia, São Paulo. Foi um homem resiliente. Derrubou matas para plantio de algodão em São Paulo e mais tarde no Paraná. Casou-se nesta fazenda com uma prima muito linda, vinda de Ribeirópolis. Teve doze filhos, dentre eles, Jaime, que sou o autor destas memórias. Minhas lembranças afloram no início dos anos sessenta. Era uma manhã fria de outono, levantei e sem tomar o café da manhã fui para a roça, próxima de casa. O vento assoviava pelo milharal. Lá sozinho eu estava sentado entre as ruas de milho pendoado. Sentia uma solidão e saudade de algo de que não me recordava. Era como se eu fosse um avatar. Um mundo distante ecoava em minhas lembranças na forma de saudade e ali solitário e desamparado eu me punha a chorar. A partir daí tem início uma sequência de histórias de familiares. Rainha, minha mãe, sergipana trabalhadora, mãe dedicada, mulher de fibra. Neuzete, irmã mais velha, sempre amiga e presente, trabalhadora, bela e humilde, ganha dimensão em minhas recordações e brinda o leitor com emocionantes momentos em que é convidado a conhecer estas pessoas simples e autênticas. Tia Celeste, meu irmão e companheiro de aventuras Gino e tantos outros. Permeiam a narrativa as brincadeiras de criança, causos, cultura popular dos moradores da roça, mais precisamente das famílias nordestinas que migraram para o Sudeste. Neuzete tinha catorze anos quando apareceu um pretendente, suposto fazendeiro, galanteador e em pouco tempo lhe pediu a mão em casamento. Um fato inesperado motivou o fim desse noivado. Cinco anos mais tarde ficou noiva de um primo, trabalhador rural, que viera do Pontal do Paranapanema, e ficou noiva outra vez. Dez dias faltando para o enlace, seu noivo mandou-lhe uma carta rompendo o noivado. O casamento já estava marcado. Grande alvoroço em família, comentários, diálogos entre as mães, irmãs, e a reconciliação entre os noivos. A festa de casamento aconteceu não como Rainha gostaria, mas como foi possível em face dos acontecimentos. Muitas outras pequenas histórias preenchem as páginas destas memórias. Nasci na roça e estudei em escolas de fazendas e nas vilas. Sonhei em morar na cidade onde pudesse trabalhar e estudar. Realizei o sonho vivenciando grandes lutas até conseguir graduar-me em direito somente aos quarenta e oito anos.

Parametros Livraria
ISBN 978-85-411-1733-3
Acabamento Brochura
Edição
Ano 2020
Páginas 128
Altura 21 cm
Largura 14 cm
Peso 160 grs
Idioma Português
Cidade Caarapó
Estado MS
Michelly 07/09/2020

Uma bela obra!!
O livro retrata não apenas memórias vividas pelo autor, mas também a migração de famílias nordestinas para formação de lavouras de algodão e pastagens nos estados de São Paulo e Paraná. Relatos costumes, tradições e condições de vida no meio rural nas decadas de 50 a 70.
Historias da tradição oral, brincadeiras de crianca, trabalho infantil, religiosidade do povo simples da roça entre outras...

Vale conferir...
Desejo todo sucesso à obra! ????????????

Rose Baptista 04/09/2020

Um livro que traz ao leitor uma rara oportunidade de conhecer como foi o povoamento do Oeste Paulista pela frente de trabalho pioneira dos Nordestinos que vieram para esta região na Era Vargas.
Um convite a uma peregrinação ao santuário ecológico que foi um dia a região do Pontal Paulista.
O autor utiliza a partir de um prisma de resgate memorial, uma narrativa de vários aspectos da cultura do Agreste Sergipano e sua adaptação a vida rural Paulista.
Um livro interessante, despretensioso, diferente dos estilos ordinários, que merece ser lido e compartilhado por cada pessoa de ancestralidade rural Paulista, mais ainda pelos Herdeiros do Vale do Paranapanema.

Rose Vara 04/09/2020

Um livro que traz ao leitor uma rara oportunidade de conhecer como foi o povoamento do Oeste Paulista pela frente de trabalho pioneira dos Nordestinos que vieram para esta região na Era Vargas.
Um convite a uma peregrinação ao santuário ecológico que foi um dia a região do Pontal Paulista.
O autor utiliza a partir de um prisma de resgate memorial, uma narrativa de vários aspectos da cultura do Agreste Sergipano e sua adaptação a vida rural Paulista.
Um livro interessante, despretensioso, diferente dos estilos ordinários, que merece ser lido e compartilhado por cada pessoa de ancestralidade rural Paulista, mais ainda pelos Herdeiros do Vale do Paranapanema.

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Etiquetas: Memórias