Livro feito a partir da desconstrução do conceito de iconoclastia. Na obra, utilizado como uma forma de ressignificar as imagens mentais, o imaginário. Ou seja, a rede de significações sociais a estabelecer o real, o que dá sentido à sua organização, as representações do mundo. O imaginário é o que nos liga a determinados padrões sociais dando sentido a nossas crenças, ideologias e relações intersubjetivas. Nesse sentido, ao invés de buscar destruir imagens a representar valores de outros, realizar uma autocrítica na tentativa de ultrapassar as próprias barreiras para abrir vãos entre o que socialmente se denomina como certo e errado, bem e mal – esses conceitos e suas predisposições em limitar o pensar humano pela eternização de sua concepção como a verdade una. Obviamente com uma pretensão filosófica a lhe amparar, a obra se resume a ininterrupta e eterna luta contra nosso maior e mais perigoso inimigo, nós mesmos – digo isso parafraseando e expondo o filósofo que mais me influenciou: Nietzsche. Uma pesquisa interior dos limites impostos por nossas grades mentais para conseguir, assim, ultrapassá-los e novamente travar uma nova batalha contra as próximas grades, que, com certeza, surgirão. Por isso a necessidade de nos reconstruir até o momento do encontro com os gélidos braços da inevitável.