Em Questão de ordem, o advogado Luiz Freitas Pires de Saboia recorda o sem-número de desmandos que ocorreram na seccional da OAB no Distrito Federal. Baseado na Ação Civil por Improbidade Administrativa proposta pelo Ministério Público, Saboia grifa linhas da história dos advogados em Brasília ao lançar luzes sobre o sombrio período em que houve compra de aprovações no Exame da Ordem denunciado pelo autor, Ministério Público Federal e imprensa. Estes relatos poderiam ser esquecidos se não fosse a perspicácia do autor em registrar, em forma de livro, a importante versão de quem viu de perto o holocausto da Ética praticado por quem jurou, um dia, defendê-la.

“Como imaginar cura para um corpo em metástase? A OAB DF vivera sua idade das trevas ao nela instalar-se uma corja de “aloprados” que nada além dos próprios interesses enxergavam. A liderança da seccional não apenas descumpria as leis como se portava como se fosse imune ao regramento legal devidamente instituído para proteger os direitos da coletividade. Ora, quem mais os mentores das imoderações arregimentariam senão quem lhes parecesse um comum ávido pelos mesmos proveitos, ganhos, benefícios, conveniências e vantagens?”