ESTADO TERMINAL
Era uma vez um dedicado leitor que queria ser
escritor, pois achava que tinha o que dizer, mas não só isso, ele precisava
expor, era muito mais que apenas um exercício de arrogância inconsciente. Era
vital.
O monstro que lhe habitava as entranhas
estava a cada dia mais barulhento e preenchia cadernos com medos, desejos,
lembranças e revoltas. Ele queria registrar tudo o que havia vivido, precisava
deixar compiladas suas experiências, como uma marca do que passou durante a
existência. Uma prova de que havia vivido.
Ele queria arrancar seus escritos das gavetas
e atirá-los ao mundo. Queria tocar em sua obra publicada, pegar nas folhas,
sentir o peso das frases, o cheiro do livro e o aguilhão de cada letra.
Não lhe bastava mais escrever para si, ele
desejava mostrar a todos o que acontecia pelos fumegantes e devastados campos
inóspitos do seu cérebro. Queria cuspir, vomitar, arremessar tudo o que lhe
carcomia as vísceras.
E copulando com a dor, partejou poemas. Cem
poemas que compõem esta pequena obra, fruto de noites em claro, de ácidas
lágrimas vermelhas, de espelhos quebrados, paredes esmurradas, pulmões nicotinados,
garrafas esvaziadas e torturantes lembranças.
Caros leitores, Bem-vindos ao meu cérebro.
Parametros Livraria | |
ISBN | 978-85-411-1311-3 |
Acabamento | Brochura |
Edição | Primeira |
Ano | 2017 |
Páginas | 124 |
Altura | 21 |
Largura | 14 |
Peso | 158 grs |
Idioma | Português |
Cidade | Recife |
Estado | PE |
Etiquetas: Poesia