O livro O TREM AZUL, foi escrito pelo jornalista, Antônio Luiz Cicolin, que por muitos anos foi ferroviário e advogado de ferroviários. Conta a história de um menino, que morava à beira da linha e gostava de trens, vindo a se apaixonar pelo Trem Azul. Seu sonho era o de vir a ser engenheiro ferroviário, ideal que foi abortado pela Revolução de 1964, que o forçou a se exilar no Peru. O desaparecimento desse trem e o desaparecimento da Companhia Paulista de Estradas de Ferro assim como a extinção do transporte de passageiros foram motivados pela competição que o transporte rodoviário moveu contra as ferrovias e que foi vitorioso porque contava com recursos das montadoras, das empreiteiras de rodovias, da indústria petrolífera e do tesouro nacional. E com a incúria dos governantes da época. O menino sentiu o problema e disposto a dar sua contribuição, percorreu o mundo, juntamente com sua esposa, uma educadora e sanitarista, para conhecer e estudar nos países mais adiantados os sistemas de transportes de passageiros e os sistemas modernos de educação e saúde. E puderam constatar o grande atraso que se verifica no Brasil com relação a esses problemas. Retornando ao País, vinham com a esperança de poder colaborar com as autoridades oferecendo sugestões que, todavia, não foram aceitas, por ferir interesses de grupos e de políticos a eles vinculados. Manifestam, contudo, a esperança de que ocorram no País as mudanças necessárias para a solução desses problemas.