Nesta oração, toda a graciosidade de Deus aparece de maneira nítida, límpida e singela. É como se o Cristo assim houvesse respondido aos seus discípulos: “Querem mesmo saber o que fazer para ganhar o favor de Deus, a quem chamo Abba? Bem, o que vocês estão querendo saber é algo muito sério. Este é um segredo guardado a sete chaves, e que humano algum jamais ficou sabendo, nem mesmo os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. O que vocês estão me pedindo, desculpem-me a má expressão, é como um ladrão pedir a chave e o segredo de um cofre ao seu proprietário. Será que alguém sensato entregaria? Acho muito difícil”. À medida que o Mestre falava, a tensão no grupo ia aumentando. Todos se ajuntaram em torno dele e o ouviam com total atenção. “Senhor”, repetiram em tom de súplica, “ensina-nos a orar”. Foi quando Jesus os ensinou, dizendo: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal”.